8 vezes no paraíso...
- 25/05/2023
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Vivendo um sonho –texto e fotos - Ricardo Alves
Ondas extremamente tubulares, paisagens incríveis e mergulhos épicos. Assim foram os meus dias na Ilha mais bonita e encantadora do Brasil.
Foram trinta e cinco dias em Fernando de Noronha em busca dos melhores cenários e picos de surfe. Para quem não me conhece sou fotógrafo há quase vinte anos e surfista a mais de trinta, as vezes estou mais com a câmera a mão e outras com a prancha embaixo do braço.
Essas duas paixões se misturam na minha vida e já aprenderam a conviver tranquilamente. Cheguei no inicio do mês de março para cobrir a etapas do circuito mundial de surfe que aliás foi incrível. Ondas enormes e os principais surfistas do Brasil se atirando em condições extremamente desafiadoras, mas é claro que eu também queria acompanhar tudo de pertinho.
Caí na agua para fotografar em dias que os tubos chegavam a quase quatro metros e confesso que em muitos momentos me perguntei o que eu estava fazendo ali. Mas sempre vale a pena quando o resultado é melhor ainda do que o esperado.
Fiz fotos fantásticas durante o evento que durou uma semana e assim que acabou chegava a minha hora de pegar a prancha e ir em busca dos meus tubos, afinal eu também estava lá para isso também.
Durante dezesseis dias consecutivos as ondas não baixaram de dois metros e meio, e não me restava outra alternativa a não ser me lançar de cabeça. Os primeiros dias foram tensos, com muita porrada e pranchas quebradas, mas com o tempo fui me adaptando e evoluindo.
Quando o mar começou baixar já tinha passado mais da metade da minha viagem e então eu pude começar a fazer alguns mergulhos e passear pela ilha atrás de novos lugares para explorar e fotografar.
Para quem não conhece Fernando de Noronha é uma ilha super pequena e em cerca de três dias é possível conhecê-la quase que completamente.
Eu tinha que aproveitar para fazer um tour antes que a próxima ondulação entrasse e eu fosse novamente "enfeitiçado" pelas ondas da Cacimba do Padre, principal pico de surfe de Noronha.
E foi exatamente isso que aconteceu, um novo swell chegou e eu não conseguia mais sair de lá, revezando meu tempo entre pegar onda nos momentos que não havia tanta gente e fotografar quando o mar estava cheio.
Foi a minha oitava temporada no "Havaí Brasileiro", mas essa sem dúvidas foi com um gostinho especial já que eu nunca havia ficado tanto tempo e pego tantos tubos. O meu amor por essa ilha é enorme e já estou programando a minha volta.
Um agradecimento especial "a toda comunidade local que me recebe sempre com tanto carinho e aos meus apoiadores, Snapy Surfboards, Fernando Ricci Personal Studio, Kauai Recovery e Bruna Granno osteopata. E é claro ao meu Jesus que me acompanha em cada passo, obrigado!!!!!!!